Usuários processam Microsoft sob alegação de que Windows 10 destrói dados e danifica PCs

Em resposta, porta-voz da empresa diz que acusação de consumidores “não tem mérito”.

Três moradores do Estado de Illinois, nos EUA, entraram com um processo na Justiça contra a Microsoft, alegando que o upgrade gratuito do Windows 10 que instalaram em seus PCs causou “perda de dados e danos aos computadores”. Os advogados dos moradoras solicitaram a um tribunal de federal de Chicago que conceda status de ação coletiva ao caso, o que permitiria que outros consumidores norte-americanos se juntassem ao processo.

“Muitos usuários tiveram falhas com seus HDs por conta da instalação do Windows 10. Muitos consumidores tiveram seu software e dados existentes tornados inoperantes pela instalação do Windows 10”, afirma o processo.

Todos os três usuários alegam na ação que, depois de aceitar o upgrade gratuito do Windows 10 – um negócio de um ano que a Microsoft liberou entre 2015 e 2016 – alguns dados dos seus PCs foram destruídos. Uma das consumidores disse que precisou comprar um novo computador depois que a sua máquina com o upgrade do Windows 10 ficou inutilizável.

O usuário Howard Goldberg teve dificuldades particularmente pesadas com o upgrade do Windows 10. “Após três tentativas de baixar o Windows 10, sendo que cada uma deixou seu PC parado por extensos períodos de tempo, o computador de Goldberg ficou danificado, e o Windows 10 não foi realmente baixado nem podia ser usado”, aponta o processo. “Goldberg entrou em contato com a Microsoft sobre os problemas, e ouviu que seu computador estava fora da garantia, e que ele teria de pagar a eles por qualquer assistência com os problemas. Goldberg então contratou um profissional para consertar o PC e torná-lo funcional novamente.”

Muitas das reclamações dos usuários do novo processo lembram os relatos gerais feitos por consumidores durante o ano em que o plano de upgrade gratuito ficou no ar. Por exemplo, a ação judicial cita um aviso insistente na tela sobre o upgrade na tela de desktops Windows 7 e 8.1 e a janela de tempo limitado quando o PC podia voltar ao sistema anterior.

“Acreditamos que as alegações do processo não possuem mérito”, afirmou um porta-voz da Microsoft. A empresa de Redmond afirmou ainda que os “usuários tinham a opção de não fazer o upgrade para o Windows 10” e adicionou que os usuários também poderiam contatar o suporte técnico gratuito da empresa.

Essa não é a primeira vez que a Microsoft é alvo de processos por conta do Windows 10. Em julho do ano passado, três usuários da Flórida alegaram que a empresa os “coagiu” a fazer o upgrade para o Windows 10 e que upgrades “não intencionais” danificaram seus PCs. Esse caso foi dispensado no mês passado.

Também em 2016, uma usuária da Califórnia levou à Microsoft à Justiça de pequenas causas, onde conseguiu ganhar 10 mil dólares depois de convencer um juiz de que um upgrade não autorizado do Windows 10 danificou seu PC corporativo.

Fonte: ComputerWorld