Segurança da informação: O que priorizar em épocas de crise econômica?

 

CEO da E-Trust defende que uma empresa de médio porte deve investir, no mínimo, R$ 150 mil para proteger-se de ameaças digitais

Em época de crise econômica, não é incomum que as empresas recorram ao corte de gastos operacionais e administrativos em áreas tidas como menos produtivas. As iniciativas de segurança da informação, normalmente, assimilam alguns impactos nessas medidas de redução de custos. Isso ocorre devido a (falsa) impressão de serem medidas que não trazem retorno financeiro.

“Esta atitude pode acarretar sérios prejuízos financeiros para as instituições”, enfatiza Dino Schwingel, CEO da E-Trust, citando que uma das alternativas ao cancelamento das medidas de segurança é a obtenção de sistemas de proteção de dados básicos.

Para empresas médias, ele recomenda um investimento mínimo de R$ 150 mil, com prioridade para o antivírus (com licença a partir de R$ 50 anuais) e, idealmente, a presença de um sistema de perímetros, preferencialmente firewalls. Essas ferramentas custam entre R$ 50 mil e R$ 100 mil, com a manutenção anual podendo chegar a 20% do valor. Para completar o pacote, o CEO recomenda um bom software de controle de acesso e identificação de usuários, com preço similar ao sistema de firewall.

“Estes são itens que os empresários não podem deixar de investir. O controle de acesso é o que garante a identidade de quem está no sistema; os firewalls fazem controle do que entra e sai da empresa no mundo cibernético e o antivírus é o que controla a segurança dos programas do computador e do servidor”, lista o executivo.

 

Na opinião de Schwingel, as companhias que desejam reduzir até mesmo o antivírus podem recorrer ao software gratuito, contanto que tal sistema seja mantido constantemente atualizado. A medida, contudo, passa longe de ser o ideal.

Cenário

A preocupação com segurança se justifica. Uma pesquisa recente da PwC apontou prejuízos anuais de US$ 1 milhão a empresas com faturamento entre US$ 100 milhões e US$ 1 bilhão. Para organizações de grande porte (receita superior a US$ 1 bilhão), os déficits superam os US$ 5 milhões.

“São números muito preocupantes. Em uma empresa média, os incidentes podem custar 1% do faturamento total, por isso é importante possuir os programas básicos de proteção”, alerta Schwingel. “Além disso, os gestores devem ficar atentos a sempre realizarem backups das informações para que, em caso de perda de dados, o prejuízo não seja ainda maior”, aconselha.

Fonte:Computer World