Qual o perfil dos líderes de TI brasileiros?

Pesquisa IT Leaders 2013 revela os maiores desafios que os CIOs brasileiros enfrentam diariamente

 

Alinhamento com os departamentos de linhas de negócios – os chamados LOB (Line of Business) –, planejamento, capacidade de execução, visão inovadora e estratégia de TI sustentada sobre os quatro pilares da Terceira Plataforma da TI – Mobilidade, Cloud, Big Data/Analytics e Social Business. Esse é o checklist que mais reflete o perfil de excelência exigido pelas empresas hoje dos seus líderes de TI e o que certamente vai garantir aos CIOs um espaço permanente no andar dos C-Level.

 

E foi esse mesmo contexto o ponto de partida para montar a lista dos 100 melhores Líderes de TI da 13ª edição do estudo IT Leaders, realizado pela COMPUTERWORLD  em parceria com a consultoria IDC. A premiação traça o ranking dos top 100 CIOs do Brasil e elege, além do CIO do Ano, os líderes de TI em 16 segmentos da economia e mais três destaques: TI Verde, Grupos, que reúne holdings com diferentes empresas, e PMEs (pequenas e médias empresas), voltada para companhias que empregam até 500 funcionários. Dos 441 líderes de TI que se qualificaram para o prêmio, 115 são de PMEs.

 

Do ponto de vista de atividade econômica, 43,84% são da área de indústria, 32,19% do setor de serviços, 13,36% do comércio, 6,16% de finanças e 4,45% do governo. Um terço dos executivos trabalha em companhias cujo faturamento mínimo anual é de R$ 1 bilhão. Outra fatia de 18% dos respondentes pertence a empresas com faturamento anual entre R$ 500 milhões e R$ 1 bilhão.

Os resultados do estudo IT Leaders 2013 revela os maiores desafios que os CIOs brasileiros enfrentam diariamente. O destaque entre eles não está relacionado com tecnologia. Nove entre dez líderes que participaram do estudo apontam a contratação, treinamento e retenção de talentos como a maior preocupação. Em segundo lugar aparece um tema que tem tirado o sono de 73% dos respondentes: a consumerização de TI. Essa preocupação tem um forte motivo: 89% dos CIOs que responderam a pesquisa vão investir no uso de tablets, smartphones e outros dispositivos móveis para aplicações colaborativas nos próximos doze meses (abra as imagens dos gráficos em uma nova janela para ampliar).

 

Raio-X

Os CIOs continuam fortalecendo o discurso de serem mais estratégicos e menos operacionais, mas a pesquisa mostra que a realidade ainda é cruel: 92% dos executivos reclamaram que seu tempo ainda é tomado com atividades de responder email e realizar tarefas administrativas. Quando, na verdade, os mesmo percentual gostaria de ocupar a maior parte do seu tempo estudando tendências de mercado e realizando benchmark com clientes para identificar projetos inovadores. Especialmente porque, segundo 80% deles, a área de TI é cobrada pelo LOB para gerar projetos de inovação.

Embora 70% dos executivos indiquem que seu orçamento de TI está desvinculado do faturamento da empresa, a preocupação de 63% deles é que o orçamento disponível não seja suficiente para atender aos projetos planejados e em andamento, que cada vez mais são associados a uma parceria com alguma área de negócios. Nesse sentido, 68% dos CIOs conseguiram ampliar o orçamento total de TI da empresa em 2013, em relação aos anos anteriores. Mas o percentual vem caindo ano a ano. Em 2012, 70% dos CIOs conseguiram um orçamento maior e em 2011, 72%.

Com 2014 praticamente batendo à porta, os executivos apontam que realmente “compraram” o conceito da Terceira Plataforma. A revolução móvel mostra uma mudança inexorável no cenário corporativo e 89% dos executivos informam que vão investir em consumerização  e uso de dispositivos móveis.

Ainda nesse cenário, 74% dos executivos vão investir em infraestrutura de TI no modelo de cloud computing, 89% farão investimentos em projetos de BI e 69% investirão em projetos de CRM. O ERP não saiu da pauta: 87% dos líderes de TI vão continuar investindo nessa área.

Fonte: Terra/cio